sábado, 14 de janeiro de 2012

“Faze a obra de um evangelista”


O mundo nunca esteve tão preparado para receber a pregação do Evangelho como está agora. As pessoas estão desiludidas. O mundo secular não tem respostas para elas. Temos tentado de tudo para alcançar paz e segurança, mas não temos encontrado. Materialismo, política, drogas e álcool; sexo e dinheiro; ocultismo e adoração aos demônios;falsas filosofias e religiões, tudo isso tem falhado. Isso faz com que milhões de pessoas estejam abertas para receberem a mensagem de esperança que há na pessoa de Jesus Cristo.
As palavras de Jesus em João 4.35 nunca me desafiaram tanto: “Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras que estão brancas para a ceifa”. As pessoas estão preparadas para ouvir e continuam esperando, como se dissessem: “Eu quero algo que me satisfaça. Quero algo que preencha o vazio em mim e não estou encontrando”. Os casamentos estão quebrados, os lares desmoronando e a moral em baixa.
Meu pai foi um fazendeiro, por essa razão eu entendo alguma coisa de fazenda. Provavelmente, ele desejou que eu soubesse mais, porém eu aprendi bem uma coisa: o tempo da colheita é pequeno. Este é o tempo da colheita na América, Canadá, no México e em todas as partes do mundo. Nunca vi tantas pessoas aceitarem a Cristo em tão pouco tempo como agora.
Quando Paulo chegou em Corinto, disse: “Porque nada me propus saber entre vós, senão Jesus Cristo e este crucificado”, 1 Co 2.2. Essa foi sua mensagem. Ele poderia ter usado habilidade intelectual ou oratória, mas não o fez.
Estava na noite de abertura de uma cruzada evangelística, em um grande estádio, na Austrália, quando voltei-me para o bispo Marcos Hoane, um dos grandes homens de Deus que tenho conhecido, e presidente de nossa Cruzada, e perguntei-lhe: “Marcos, o que eu deveria pregar esta noite?”. Sem hesitar, ele respondeu: “Pregue sobre João 3.16 durante as três semanas que vai estar aqui. Essa é uma mensagem que precisa ser ouvida na Austrália”.
Se você perguntar ao apóstolo Paulo como ele comunicou o Evangelho, ou qual foi o seu segredo, ele diria: “Eu preguei a Cristo”. Paulo sabia que existe um poder edificante na mensagem do Evangelho, e o pregador não precisa fazer isso como se fosse um trabalho seu. Precisamos entender bem isso quando nos levantarmos para proclamar a mensagem ou quando aconselhamos.
Paulo sabia que o Espírito Santo conduz a mensagem da cruz e a mensagem da Redenção e da graça através da pregação do Evangelho de Cristo, e infunde-as nas pessoas com autoridade e poder. Quando pregamos “Cristo crucificado”, há um poder como o de uma dinamite (1 Co 15). O pregador do Evangelho deve se conscientizar, como Paulo, que o homem natural simplesmente não pode aceitar a verdade do Evangelho sem que o véu seja tirado pelo Espírito. Mas, a maravilhosa verdade é que o Espírito faz com que a mensagem da cruz seja comunicada ao coração e mente com poder de maneira sobrenatural. Ele derruba toda barreira. Nenhum evangelista ou pregador (seja homem ou mulher) pode pregar no poder do Espírito Santo, se não tiver o toque de Deus sobre seu ministério. O Espírito Santo é comunicador.

Evangelismo é eficaz
Quando proclamo o Evangelho, seja numa esquina em Nairobi ou em uma reunião em Seul, ou em uma tribo no Zaire, ou em estádio de Nova York, entendo que meus ouvintes têm suas convicções pessoais que se transformam em barreiras psicológicas e espirituais. Mas, quando começo a pregar, eu confio ao Espírito Santo a responsabilidade de tocar em cada coração.
O evangelismo é eficaz porque:
1) As pessoas necessitadas não foram aperfeiçoadas com a ajuda das riquezas materiais. Isso é uma verdade em todas as culturas. Jesus disse que “a vida de um homem não consiste na abundância do que possui” (Lc 12.15).
2) Há um vazio em cada vida sem Cristo. Toda humanidade lamenta por alguma coisa. Dê um milhão de dólares a um homem e ele não estará satisfeito. Se alguém praticar toda forma de sexo ou consumir todo tipo de drogas, ainda assim jamais estará satisfeito. Tenho ouvido o lamentável clamor de estudantes universitários que estão intelectualmente perdidos. Pascal acertou quando disse: “Existe um vazio em cada vida que somente Deus pode preenchê-lo”. Quando proclamamos o Evangelho, estamos nos dirigindo diretamente a esse vazio.
Quando estamos comunicando, seja no evangelismo pessoal ou em grupo, há receptividade pela mensagem da cruz, porque somente Cristo pode preencher o vazio.
3) Solidão. Uma solidão que alguns chamam de solidão cósmica. As pessoas não estão conscientes que estão sozinhas. Elas podem estar sozinhas na multidão. É uma solidão que somente Deus pode preencher, e eles não entendem isso.
4) Culpa. Falamos para pessoas que têm sentimentos de culpa. Essa é a mais universal de todas as experiências. Quando pregamos Cristo, estamos falando diretamente sobre o problema da culpa.
Você não faz as pessoas sentirem culpa; elas já sentem culpa. Diga que o sentimento de culpa existe por causa da rebeldia Contra Deus, e diga a elas que a resposta é aceitar a cruz de Cristo.
5) Morte. Há um medo universal da morte. Quando ouvimos rádio ou televisão, o fantasma da morte está presente ali. O sutil terror da morte não pode ser silenciado. Mas, aqui está a gloriosa notícia: Nosso Senhor Jesus Cristo veio para anular a morte. Na sua própria morte e ressurreição, Ele tornou inoperante três coisas: o pecado, a morte e o inferno. Essa é a boa notícia da mensagem da cruz!

Pregação evangelística
Comunique o evangelho com autoridade, pregue com segurança, lembrando que a fé vem através do ouvir a palavra de Deus (Rm 10.17). O Dr. Sid Bronell disse em Princeton: “Se você está pregando na unção do Espírito Santo, os ouvintes ouvirão outra voz”.
Não se deveria pregar sem a consciência dessa “outra voz”. O povo tem consciência dessa “outra voz” quando você prega? Você está cheio do Espírito Santo (Ef 5.18), e sua mensagem é eminentemente bíblica? Uma das razões por que o povo ouvia Jesus era que Ele falava com autoridade.
Pregue o Evangelho com simplicidade. O Dr. James S. Stuwart, de Edimburgh, disse: “Você nunca pregará o verdadeiro Evangelho se não pregá-lo com simplicidade”.
Ela acrescenta: “Se você atira nos ouvidos dos seus ouvintes, você não prova nada, senão que você é um péssimo atirador”. Esse foi um dos segredos de Nosso Senhor: a grande multidão o ouvia com prazer (Mc 12.37). Ele falou a linguagem deles.
Pregue com repetição. O Prof. James Denney, de Glasgow, Escócia, calculou certa vez que Jesus repetiu seus ensinos mais de 500 vezes. Isso é encorajamento para todos os evangelistas. O Evangelho pode, às vezes, se tornar antigo para nós, mas repita, repita, repita. O Evangelho sempre será novo para as multidões. Nunca canse e nunca se incomode de compartilhar as Boas Novas mais e mais vezes.
Pregue com urgência. Você deve ter a consciência de estar falando com pessoas que poderão estar ouvindo o Evangelho pela última vez. D. L. Moody foi pregador em Chicago, e uma noite ele decidiu não fazer o convite. Ele iria esperar que a convicção para a salvação aumentasse, como era o costume naqueles dias. Mas, naquela noite, houve um grande incêndio em Chicago, e ele estava escapando para o Lago Michigan. Então, lembrou: “Oh, Deus! Eu não fiz o convite para esse povo, que pode morrer esta noite!”. Desde então, pelo resto de sua vida, por todos os lugares que pregava, nunca deixava de fazer o convite pra as pessoas virem a Cristo.
Pregue por uma decisão. Uma pregação evangelística deve incluir um apelo por decisão – apelo para se decidir por Cristo. O Evangelho de Jesus Cristo não é somente um conjunto de fatores para alguém concordar com seu intelecto. É um chamado individual por arrependimento e para voltar-se a Cristo em fé, aceitando-o como Senhor e Salvador. Diga ao povo que ele precisa fazer uma decisão.
Diga-lhes claramente como você quer que eles respondam: se devem estar de pé, levantar uma das mãos ou virem à frente para receberem instrução. Esteja certo que nomes foram anotados e que há um método para que sejam introduzidos na vida cristã, e uma igreja onde possam crescer na fé.
Quando faço o convite, sei que estou totalmente dependente de Deus. Esse é o momento que me sinto emocional, psicológica e espiritualmente como um canal, por causa da batalha espiritual que ocorre no coração das pessoas. Devemos estar em atitude de gemido e agonia em oração.
Uma mensagem evangelística conduz uma pessoa a ver o que ele ou ela é à luz da Palavra de Deus. Leve seu ouvinte a entender que uma decisão deve ser feita em resposta à mensagem. É a mensagem evangelística que levanta questões, como: Você realmente confia em Cristo? Se você morrer agora, você irá para o céu? E diz: Você não deve permanecer neutro sobre Cristo. Deixe Cristo entrar na sua vida agora e libertá-lo dos seus pecados e lhe dar nova vida.
Durante todo sermão, tento deixar claro que o Evangelho requer uma decisão que envolve o intelecto e as emoções, mas principalmente a vontade.
Estou feliz que o Senhor tenha me permitido ver um novo alvorecer para a evangelização mundial. O inimigo é forte, mas Deus é mais forte. A humanidade caminha para sua própria destruição, mas Deus ainda está negociando o retorno das vidas dos homens e mulheres a si. Talvez estejamos nos últimos dias.Penso que estamos vivendo nos últimos dias que Joel e Pedro falaram. Este é um tempo maravilhoso para conduzir pessoas a Cristo.

Pastor Billy Graham é considerado por muitos o maior evangelista do século 20, já tendo pregado a centenas de milhões de pessoas através de cruzadas, rádio e televisão.
Publicado originalmente na revista “Enrichment”, da AD nos EUA.
Tradução do pastor Cyro Mello.
(Transcrito do jornal Mensageiro da Paz)



Exemplo de Vida


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